segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ASSEMBLEIA PRESBITERIANA REJEITA CASAMENTO GAY, MAS ACEITA PASTORES HOMOSEXUAIS.

James Tillman
MINNEAPOLIS, Minnesota, EUA, 12 de julho de 2010 (Notícias Pró-Família) — No final da quinta-feira, a 219ª Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana (EUA) votou para adiar uma proposta que teria mudado sua definição de casamento para aliança entre “duas pessoas” em vez de entre “um homem e uma mulher”.
Contudo, eles também votaram para permitir que homossexuais praticantes sejam ordenados como pastores dentro da Igreja Presbiteriana dos EUA (IPEUA).
A comissão subordinada da assembleia sobre questões de união civil e casamento havia votado 34 a 18 na terça-feira para mudar a definição de casamento. Cindy Bolbach, a moderadora da assembleia geral, disse que o fracasso da proposta da comissão na assembléia mais ampla mostrou que os delegados desejavam debater mais o assunto.
Bolbach pessoalmente apoia o “casamento” de mesmo sexo, mas disse que não crê que sua denominação esteja pronta para aceitá-lo ainda. A proposta foi adiada por dois anos, depois dos quais será considerada de novo.
A proposta de ordenação gay, que foi aprovada por 373 a 323, tem ainda de ser aprovada por uma maioria dos 173 presbitérios ou igrejas presbiterianas locais antes que entre em vigor. Essa é a quarta vez em que a IPEUA aprovou a ordenação de pastores homossexuais; cada uma das ocasiões anteriores os presbitérios locais rejeitaram a proposta.
A IPEUA vem permitindo que os pastores dêem sua bênção para duplas de mesmo sexo desde 2000, e tem apoiado uniões civis para duplas de mesmo sexo desde 2004.
A Rev. Janet McCune Edwards de Pittsburgh, que usou um xale tricotado com as cores do arco-íris para mostrar seu apoio aos homossexuais, falou em favor de se permitir o “casamento” de mesmo sexo.
“O coração do casamento é o amor e o compromisso entre duas pessoas”, Edwards disse. “É isso o que as Escrituras ensinam. Dois homens ou duas mulheres podem mostrar todo o amor e compromisso que reconhecemos como casamento”.
Mas tais argumentos não convenceram a muitos.
Carmen Fowler, presidente do Comitê Presbiteriano Leigo, disse que crê que tais iniciativas são culpadas pela queda no número de membros da denominação.
A Igreja Presbiteriana vem diminuindo nas últimas quatro décadas. Em 1965 ela tinha cerca de 4.25 milhões de membros; agora ela tem cerca de 2.1 milhões de membros.
Para a afirmação de Bolbach de que a Igreja Presbiteriana ficou paralítica, Fowler disse que isso é o que ocorre quando o corpo da igreja se separa de sua cabeça: Jesus Cristo.
A Assembleia Geral também votou para alterar outro padrão de ordenação durante a reunião. Os atuais padrões para os pastores exigem que eles “vivam em fidelidade dentro da aliança de casamento entre um homem e uma mulher, ou castidade como solteiro”.
Se a mudança da Assembleia Geral for aprovada pelos presbitérios locais, todas as referências à “fidelidade” e “castidade” serão removidas. Em vez disso, os padrões para o pastorado serão mudados para “refletir o desejo da igreja de se submeter alegremente ao Senhorio de Jesus Cristo em todos os aspectos da vida”.
Tal mudança havia sido rejeitada quatro vezes antes.
Alguns ameaçaram deixar a igreja se os padrões de ordenação mudarem.
Hector Reynoso, da Missão Presbitério, disse durante o debate que “a homossexualidade é pecado ou não é. Mas não é ambos. Alguém está certo e alguém está errado”.
Ele disse que deixaria a IPEUA se os presbitérios votarem para mudar os padrões de ordenação, dizendo “Apoio Jesus e convido vocês a permanecer comigo”.
A Coalizão Presbiteriana, que apoia os atuais padrões de ordenação, divulgou uma declaração na quinta-feira de noite depois que a votação da Assembleia Geral sobre pastores homossexuais havia terminado.
“Ficamos entristecidos com a decisão de hoje tomada pela Assembleia Geral de recomendar a remoção de padrões morais para nossos pastores e líderes que com justiça exigem fidelidade dentro da aliança de casamento entre um homem e uma mulher ou castidade como solteiro”, declara o comunicado da Coalizão. “A medida foi adotada por uma margem estreita.
“Apesar disso, essa decisão marca uma separação do ensino da Igreja universal acerca da santidade da vida. As Escrituras Sagradas nos ensinam a fugir da imoralidade sexual”
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/jul/10071203.html
UNIVERSIDADE DEMITE PROFESSOR CATOLICO POR EXPLICAR ENSINO DA IGREJA CATOLICA SOBRE HOMOSEXUALIDADE.

Kathleen Gilbert
URBANA, Illinois, EUA, 12 de julho de 2010 (Notícias Pró-Família) — Um professor católico foi demitido da Universidade de Illinois por enviar um email aos estudantes num curso sobre doutrina católica, explicando como a atividade homossexual é contrária à lei moral natural.
Kenneth Howell de Champaign, IL, também perdeu seu emprego na diocese de Peoria no Centro Newman da universidade, onde ele havia trabalhado durante 12 anos, depois que autoridades universitárias confrontaram Howell acerca do email.
Howell havia ensinado “Introdução ao Catolicismo e Pensamento Católico Moderno” no Departamento de Religião da universidade desde 2001.
Num relato postado no site CatholicVoteAction.org, Howell diz que embora os estudantes no curso tenham muitas vezes discordado do ensino católico no passado, na primavera de 2010 ele “notou a reação mais estrondosa que já sofri” com relação ao ensino católico contra a homossexualidade como moralmente errada.
“Parecia fora de proporção a tudo o que eu havia conhecido até aquele momento”, escreveu ele. Isso, disse ele, o levou a enviar um email explicando “como essa questão pode ser decidida dentro de sistemas morais rivais”, contrastando utilitarismo e lei moral natural.
“Se entendemos o utilitarismo como um tipo de análise de custo/benefício, tentei mostrar-lhes que sob o utilitarismo, os atos homossexuais não seriam considerados imorais ao passo que sob a lei moral natural eles seriam”, escreveu ele. “O motivo disso é que a lei moral natural, diferente do utilitarismo, julga a moralidade na base dos próprios atos”.
No email, conforme citado pela Associated Press, Howell havia escrito: “A Lei Moral Natural diz que a Moralidade tem de ser uma resposta à Realidade. Em outras palavras, os atos sexuais são apropriados apenas para pessoas que são complementárias, não as mesmas”.
Depois do final do semestre, Howell diz que foi chamado ao escritório de Robert McKim, diretor do Departamento de Religião, onde foi informado de que seu email havia sido encaminhado ao Gabinete de Questões Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneras, e que ele não mais poderia ensinar na universidade. Apesar da discussão do conteúdo do email, disse Howell, McKim “estava bastante insistente em que meus dias de ensino no departamento estavam acabados”.
Howell ofereceu não lidar com o assunto de homossexualidade em classe, e “declarou que me despedir por ensinar a posição católica numa aula sobre catolicismo era uma violação da liberdade acadêmica e meus direitos de Primeira Emenda de liberdade de expressão. Isso não fez nenhuma diferença”.
Pelo fato de que a diocese de Peoria só permite que professores universitários ensinem no campus do Centro Newman, Howell perdeu sua posição ali também. Howell está agora adotando ações legais com um advogado do Fundo de Defesa Aliança.
Tentativas iniciais de contatar a Diocese de Peoria e a Universidade de Illinois não tiveram êxito até o momento da publicação. O Dr. Howell evitou comentar antes de falar com seu advogado.
O caso, embora fora do comum nos Estados Unidos, já era prenunciado por discriminação semelhante no Canadá e outros países. O Dr. Chris Kempling, professor na Colúmbia Britânica, foi intimado por má conduta profissional e sua licença foi suspensa depois de escrever cartas a um jornal local explicando a convicção cristã sobre a homossexualidade. Kempling lutou contra as acusações até o Supremo Tribunal do Canadá, onde seu recurso foi negado — deixando-o com centenas de milhares de dólares em honorários legais para pagar.
Os advogados do FDA vêem o caso de Howell como parte de uma tendência lúgubre nas universidades.
“Uma universidade não pode censurar a expressão dos professores — inclusive expressões em sala de aula relacionadas ao tópico da aula — meramente porque certas ideias ‘ofendem’ um estudante anônimo”, disse o advogado de Howell, David French, advogado sênior do FDA. “Despedir um professor por ensinar o real conteúdo de seu curso é escandaloso. É ridículo que uma universidade demitiria um professor sem nem mesmo lhe dar uma chance de se defender quando ele estava simplesmente ensinando convicções católicas numa aula sobre convicções católicas”.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/jul/10071205.html

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Epifania

Epifania
Qual é o quid proprium da igreja de Jesus Cristo no mundo? Que função tem a igreja na sociedade? Qual é a dimensão indelegável da igreja na teia de forças que tecem a vida humana? A igreja ainda é relevante nesta sociedade moderna ou pós-moderna? Vale a pena ser igreja e trabalhar pela manutenção e expansão da igreja ou vivemos dias onde a vida religiosa está ultrapassada e obsoleta? A espiritualidade é apenas uma outra forma de falarmos em auto-ajuda ou, de fato, há algo na experiência espiritual que a torna imprescindível à saúde pessoal e coletiva?

As respostas que encontro para estas perguntas podem ser resumidas na palavra "sagrado": a igreja é o ambiente facilitador, a comunidade guardiã e a protagonista na manifestação e experiência do sagrado na sociedade. Rudolf Otto diz que a experiência do sagrado é o sentimento de "mistério terrível e fascinante": misterium tremendum fascinans. Mistério porque trata daquilo que extrapola a razão humana e sua capacidade de apreensão por si mesma; mistério é aquilo a que se tem acesso mediante revelação; trata do sobrenatural, do metafísico. Tremendo, ou terrível, porque produz pavor, assombro, êxtase, arrebatamento e alumbramento. E fascinante porque cativa e seduz.

A teologia diz que a experiência do sagrado acontece mediante a manifestação do divino, a aparição surpreendente de Deus, quando somos surpreendidos diante de algo, ou alguém, que nossa razão não dá conta. Esta manifestação, aparição, revelação do divino é chamada de epifania. Por exemplo, quando Jacó exclamou "Deus estava aqui e eu não sabia" ou o profeta Isaías disse "Ai de mim, pois meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos". Da mesma maneira, quando o apóstolo Pedro caiu aos pés de Jesus gritando "Afasta-te de mim, pois sou pecador" ou Saulo de Tarso tombou a caminho de Damasco, cegado pela luz e pela voz do Cristo ressurreto.

Conta-se que, muitos anos antes de sua morte, o rabino Abraham Joshua Heschel sofreu um ataque do coração quase fatal. Seu melhor amigo estava ao lado de seu leito. Heschel estava tão fraco que só conseguiu sussurrar: "Sam, sou grato pela minha vida, por todos os momentos que vivi. Estou pronto pra partir". Fez uma longa pausa e concluiu "Nunca na minha vida pedi a Deus sucesso, sabedoria, poder ou fama. Pedi a Deus assombro. E Ele me concedeu".

Vivemos em um mundo que perdeu não apenas o contato com o sagrado e a sensibilidade para percebê-lo, mas também, e tristemente, a capacidade de desejá-lo. A igreja é ainda a última fronteira. A igreja é o dedo que aponta a realidade do sagrado. A igreja é a síntese das epifanias. A igreja é a comunidade dos assombrados. A igreja é a reunião dos que caíram de joelhos diante de Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus. Bendito seja, antes e agora e para todo o sempre. Amém.

Trancrito - Pr. Ed René.