quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Álcool e fumo são piores que LSD, diz estudo

Classificação feita por cientistas britânicos coloca bebida alcoólica perto de heroína.
Tabela leva em conta risco de dependência e problemas sociais de cada droga.



O álcool é quase tão prejudicial quanto a heroína, e o tabaco é mais perigoso que a maconha, o LSD e o ecstasy, segundo uma nova tabela de classificação de drogas publicada nesta sexta-feira na revista médica "The Lancet".

A tabela, desenvolvida por um grupo de cientistas britânicos, classificou a heroína, a cocaína, os barbitúricos e a metadona comercializada nas ruas como as drogas mais nocivas, seguidas de perto pelo álcool, que aparece em quinto lugar.
O tabaco foi avaliado como a nona droga mais perigosa, atrás da quetamina - comumente usada como anestésico de cavalos -, das benzodiazepinas, que são calmantes vendidos com prescrição médica, e anfetaminas.

Segundo esta classificação, a maconha é a 11ª droga mais perigosa. O LSD aparece em 14º e o ecstasy, apelidada de "droga dos clubbers", em 18º lugar.

A nova classificação se baseou nos danos físicos causados ao usuário, na probabilidade de a droga induzir à dependência e no efeito de seu uso nas famílias, nas comunidades e na sociedade.

Cada uma das três categorias foram divididas em nove grupos de risco e especialistas independentes, inclusive psiquiatras e cientistas forenses, classificaram cada categoria numa escala de 0 ("nenhum risco") a 3 ("risco extremo").

A heroína marcou 2,7 pontos na escala e o álcool, menos de 2. O tabaco marcou 1,7 ponto e o ecstasy, 1,1.

Um dos cientistas, o professor Colin Blakemore, chefe-executivo do Conselho de Pesquisa Médica, financiado pelo governo britânico, disse que suas descobertas diferem claramente da classificação existente de drogas no Reino Unido.

"O álcool e o tabaco estão no topo da tabela, sendo que o álcool não está muito longe dos verdadeiros terrores das ruas, como a heroína", disse.

"Uma visão mais científica é que esses riscos precisam ser avaliados quanto a seu efeito na população inteira", acrescentou seu colega, o professor David Nutt, da Universidade de Bristol, oeste da Inglaterra. As drogas de classe A, como a heroína, a cocaína, o crack, o ecstasy e o LSD, normalmente levam a sentenças de prisão de no máximo sete anos. A maconha é uma droga de classe C, enquanto o álcool e o tabaco não têm classificação.

Blakemore disse que os políticos iriam "perceber" que sua tabela difere substancialmente da classificação oficial, que um outro estudo britânico publicado em 8 de março considerou inadequada.

A Comissão sobre Drogas Ilegais, Comunidades e Política Pública informou que a legislação britânica sobre drogas deveria ser substituída por um sistema que reconheça os efeitos danosos à saúde de substâncias como álcool e tabaco no lugar da prevenção de crimes.


Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL13574-5603,00.html

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

UMAIGREJAPARA QUEM NÃOGOSTA DEIGREJA

Já reparou que a gente costuma sentar no mesmo local todos os domingos na igreja? Sem pensar, quando entramos, já vamos direto para lá e pior, às vezes “achamos” que o lugar é nosso.
A maioria das pessoas não gosta de mudanças e é por isso que elas incomodam. Gostamos de ficar nos nosso conforto, mas crescimento requer mudanças.
Vira e mexe alguém me pergunta por que esta geração não se contenta com o que está na igreja, por que sempre estamos querendo mudar as coisas.
Não somos estátuas e nem somos feitos em séries, estamos o tempo todo em movimento, gerando novas culturas, novas necessidades e novos questionamentos.
Sinto que às vezes a igreja está dando respostas para uma pergunta que fizemos há 15 anos. O problema é que não nos lembramos mais dela porque já fizemos centenas de outras perguntas depois.
Há uns 10 anos fui em uma igreja na Califórnia que não tinha templo, eles se reuniam em escolas, já que aos domingos as escolas estão fechadas. Ao entrar, vi lá na frente uma faixa: “Uma igreja para quem não gosta de igreja”. Fiquei abismado com a proposta na hora, mas hoje eu entendo.
Fomos fazer uma série com Liturgia 2.0 (procurar em outros textos) para pessoas que não gostam de igreja, e uma das pessoas que estavam construindo essa série comigo me perguntou: “Não seria melhor a gente investir naqueles que gostam de igreja?”
Pensei: “Não é isso que fazemos todos os domingos?”.
Hoje eu sei o porquê busco mudar e continuar reformando a nossa igreja: porque eu seria um daqueles que gostaria muito de Jesus e do evangelho, mas não me adaptaria com a igreja.
Andy Stanley certa vez falou que “devemos casar com nossa missão e namorar a metodologia”.
O problema é que fazemos o contrário, casamos com a “forma”, porque não gostamos de mudanças, e acabamos enfraquecendo os nossos laços com a missão da igreja.
Eu diria que devemos casar com a missão e ficar com a forma, só usá-la e, quando ela não estiver sendo mais útil para a missão, devemos jogá-la fora.
O que não muda é a missão, é o nosso Deus. A forma tem que estar em mudança o tempo todo. Assim, as pessoas não vão recusar a essência (Deus) em detrimento da forma (liturgia).
Acho que é por isso sou um cara incomodado que as vezes incomoda, porque fico sempre pensando: “quantos Marcos Botelhos, Andrés, Ricardos estão aí fora sem ter experimentado o que é a igreja na essência, a vida no corpo de Cristo, e estão batendo cabeça sozinhos?”
Marcos Botelho
Fonte - http://ultimato.com.br/sites/marcosbotelho/2010/12/07/uma-igreja-para-quem-nao-gosta-de-igreja/#more-997